Como profissionais maduros estão encarando esse novo momento?
Cada vez menos temos percebido profissionais que se aposentam formalmente e realmente “param” de trabalhar. Certamente que alguns permanecem trabalhando por necessidade de manter o padrão econômico atual, aguardando o filho formar-se, por exemplo, mas também vemos profissionais que definitivamente não querem “pendurar a chuteira”, para manter-se produtivo. Independente dos motivos, nossa população esta envelhecendo
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) nas próximas décadas a população mundial com mais de 60 anos vai subir significativamente, de 841 milhões para 2 bilhões em 2050.
No Brasil, de 2001 a 2011 o número de idosos cresceu 55%.
Isso nos leva a ter ideia do cenário que estamos prevendo para um futuro muito próximo, visto que a expectativa de vida também mudou – em 1940 era de 40,7 anos para 75,5 em 2015 – se continuar assim, podemos considerar que em 2050, será em 80,7 anos.
Diante deste cenário veremos cada vez menos os profissionais considerados “sênior” em nossas Organizações, sentindo necessidade de parar. Além do mais, a soma de conhecimento, de erros e acertos ao longo da carreira, são qualidades e diferenciais observadas nesses profissionais. Também percebemos que muitas empresas em processos seletivos, comentarem que não há restrição de idade, mas querem um profissional com energia.

Outro fator que temos percebido, é o fato desses profissionais que, tendo mais repertório acerca de suas escolhas, procuram por atividades que realmente se identificam. Alguns se dedicando a carreira acadêmica, outros para projetos sociais, consultoria de carga horária reduzida, ou mesmo buscando empreender em algo que sempre sonhou.
Culturalmente nem todos estão preparados para essa mudança no cotidiano, mas vamos precisar ficar atentos, principalmente as Organizações por terem tantas gerações num mesmo contexto e perceberem o quanto esses profissionais ainda contribuem, e muito, seja na transmissão de conhecimento ou melhor compreensão do negócio e, claro, os profissionais “mais maduros” em manter-se atualizados.
Escrito por: Lenir Nunes – Headhunter & Conselheira de Carreira.