Mercado x Mudanças: Impacto no nível Executivo

Desde o início da pandemia temos percebido muitas ondas de desligamento por parte das empresas, especialmente no primeiro trimestre da pandemia foram inúmeros desligamentos, tendenciosamente em nível operacional – podendo variar algumas vezes o ritmo e abrangência dos mesmos, mas muitas vezes amparados na viabilidade/continuidade dos negócios.


No entanto, desde junho nossa consultoria vem sendo abordada de forma significativa para processos de Transição de Carreira com foco em Recolocação para profissionais em níveis mais altos. Sim, tivemos o número de processos de transição duplicados desde então – de forma geral, um aumento significativamente superior ao ano de 2019. 

Obviamente que o fator “COVID” mexeu no “bolso” das empresas e em sua forma de atuar no mercado. Algumas pelo segmento que atuam: empresas de bens duráveis, automotivos e de base. Sem contar o segmento de serviços (turismo e transporte de passageiros, por exemplo), entretenimento e educação. 

Mas também muitos dos clientes que têm nos procurado comentam que a maioria dos profissionais que estão desligando ou planejam desligar envolve a questão “comportamento”. E aí relatos diversos: profissionais que não se adequaram a gestão dos seus times a distância, que não conseguiram “performar” em seus resultados ou que simplesmente possuem altos salários. 


E esse último motivo tem um efeito imediato: os profissionais desligados se voltam para o mercado e, para se recolocar precisam rever alguns fatores. Exemplo: um executivo da área de Controladoria, que sai de uma empresa de grande porte de bens de consumo, iniciou num projeto menor na região, numa função mais generalista. 

Ou seja, rever salários, pacote de benefícios, posições e formas de contratação deve ser um item a ser revisto pelos executivos em suas transições nesse momento de pandemia. O emprego na sua forma tradicional está cada vez mais escasso e aprender a lidar com isso não é tão simples assim: requer pensar diferente, avaliar cenários e considerar Plano A, B, C, D, ou seja, cenários (e ainda em um ambiente de incerteza). 


Mesmo nessa conjuntura toda, há segmentos que não param de crescer: Tecnologia, E-commerce, setor farmacêutico, agronegócios, logística, saúde, alimentos e por ai vai. 


Por isso a lição de casa que depende de  você, deve ser feita: 

  • Quais seus pontos fortes e pontos a desenvolver? Saber no que você é bom, onde e como pode empregar suas potencialidades. O que te deixa feliz e realizado. 
  • Como está sua rede de relacionamento? Não é a quantidade de contatos no seu Linkedin, Facebook ou Instagram que define se é boa sua rede ou não – mas a qualidade dessas relações. 


Enfim, não delegue a ninguém seus próximos passos na carreira. 


Escrito por: Lenir Nunes – Headhunter & Conselheira de Carreira.