Trilhas de carreira – Não delegue, assuma!

Ainda não é raro profissionais responsabilizarem as organizações por seus fracassos e raras vezes por suas conquistas. Também não é raro profissionais que fazem escolhas sem considerar seus valores e projetos de vida. E quando algo sai fora do planejado, não assumem as rédeas tampouco a responsabilidade.


Sim, isso ainda é uma realidade quando se fala em carreira profissional. Ainda existem pessoas que responsabilizam as empresas que trabalham ou trabalharam pelo seu sucesso, como se todo o esforço que dizem fazer deve ser obrigatoriamente visto e recompensado pelas Organizações. 

Mas afinal, de quem é a responsabilidade?

Os famosos planos de carreira já estão sendo deixados de lado para serem substituídos pelas de trilhas de carreira. Esse novo formato esclarece não apenas os requisitos da formação formal, como também todo o viés comportamental que os profissionais devem adotar dentro da organização.  Esperar que em determinados anos de trabalho você esteja ocupando determinados cargos é no mínimo ingênuo e infundado no nosso momento atual. O mercado e as Organizações estão cada vez mais dinâmicos e imprevisíveis. Crises vão e vem.

É aí que entram as áreas de Desenvolvimento Organizacional. Elas têm se preparado e se preocupado em dar suporte durante a jornada, possibilitando uma comunicação clara e transparente com relação às oportunidades e requisitos. Além disso, focando também em desenvolvimento formal, por meio de treinamentos de mentorias, coaching e alternativas focadas no aprendizado individual, baseado em suas capacidades, valores e planos de futuro. 

Hoje, fazer parte de uma Organização é muito mais que ter a formação técnica necessária, é preciso compartilhar dos mesmos valores e encontrar sentido no que a Organização se propõe a fazer, além de gostar das pessoas e do clima que te rodeiam.


Se o desejo de permanecer da Organização existe, é hora de começar a conhecer mais a fundo como funciona a organizações e os cargos disponíveis na sua empresa. Só assim será possível saber quais os requisitos técnicos e comportamentais que a vaga exige. 

Mas não é tão simples assim chegar aonde se deseja, é necessário estar ativo nos programas internos e corporativos, criar saudáveis relacionamentos internos e deixar claro e ser aberto quando as duas ambições. Questionar sobre o desenvolvimento e trilha de carreira para se necessário, ajusta-se às necessidades da organização.  

Mas, isso não significa que a vaga “X” será sua. Essas são apenas algumas das formas de tentar conquistá-la.  E quando a promoção não vem, costumamos nos sentir frustrados, não é mesmo? Por isso é tão importante ouvir feedbacks, ter paciência e autoconhecimento para entender os motivos pelos quais não foi escolhido para a promoção, por exemplo. 


Assim como nos nossos relacionamentos, a relação que adotamos com nossa Organização precisa ter muito diálogo e empatia para que siga firme diante das adversidades. 


Escrito por: Lenir Nunes – Headhunter & Conselheira de Carreira.