Você já parou para pensar por que esperamos tanto pelo fim de semana? Por que sempre dizemos “sextou” com felicidade? Por que gostamos do dinheiro, e não do “trabalho”? Por que queremos a promoção pelo aumento e não pelas atividades? Bom, isso não é do nada, e tem a ver com a nossa visão sobre o emprego x trabalho. Vejamos.
Um dos temas mais discutidos na atualidade, é o capitalismo e seus efeitos na sociedade moderna, tendo em vista o valor financeiro de toda e qualquer obra, não é à toa que se fala tanto em: “tempo é dinheiro“, bom, nessa perspectiva tudo é dinheiro. Comumente as pessoas relacionam o trabalho com um retorno financeiro, seja na escolha de uma especialização, de uma graduação, ou de um emprego. O fato é que esse retorno monetário dirige a maioria das escolhas atuais, e ainda mais forte na relação com o trabalho.
Tendo esses pontos em vista, surgem recorrentemente questionamentos sobre o significado “antigo” do trabalho, e do atual. Assim se delimita conceitualmente dois pontos chave, o emprego, e o tão falado trabalho.
Ao levantar a demanda aqui exposta sobre o capital, logo se associa o financeiro ao emprego, esse como um “vínculo ” empregatício assalariado, sendo uma ação produtiva que rende mais-valia.

O outro ponto seria o trabalho, esse sendo a ação em si, quase que redundantemente fazer uma obra, um real trabalho, esse em suma não restritamente ligado a um rendimento monetário, nem muito menos um lucro, mas está ligado a realidade de expressar uma obra, o “trabalho de nossas mãos” é chamado assim de poiesis. Ele se distancia da ideia antiga de tortura e obrigação, mas ao contrário, enfoca em um certo prazer, um contentamento quase que de forma metafórica: algo que vem de dentro.
Pensar nessas concepções, é expandir ideais, e assim produzir ações de ressignificação, pois, “não há como” mudar a realidade social da visão e relação com o trabalho- pelo menos não tão facilmente, mas é possível mudar a motivação do emprego, o tornando uma poiesis, não excluindo no geral o financeiro, repito, mas expandindo as possibilidades para além dele. Fiquemos então com o prazer de trabalhar, e consequentemente, tendo um emprego. Que assim tenhamos mais: “Segundou“!
Escrito por: Marissa Casas – estagiária de Executive Search e integrante da LN Carreira.